Telemedicina: uma nova realidade para o Brasil
Você já deve ter percebido que o conceito de telemedicina tem sido bastante discutido pela mídia nos últimos meses, certo? Essa modalidade de assistência médica já ocasionou inúmeras controvérsias na comunidade dos profissionais da saúde.
Ainda com diversas restrições para o seu funcionamento e passando por fases de adaptação, aos poucos será muito mais fácil e acessível auxiliar pacientes que residam em locais mais distantes, sem que precisem se deslocar para obter resultados de exames, receber diagnósticos ou auxílio terapêutico.
Se você quer saber mais sobre a telemedicina, seus avanços, polêmicas e o status da sua regulamentação, continue a leitura.
O que é a telemedicina?
A telemedicina é um novo modelo de assistência médica que visa trazer a possibilidade de um atendimento médico por meio da utilização da tecnologia presente no nosso dia a dia, tornando mais acessível ao público o exercício da medicina no país e auxiliando no diagnóstico e tratamento de pacientes.
Por meio de aparelhos como smartphone ou computador, conectados à internet com câmera e microfone, é possível realizar, além da teleconsulta, o contato entre colegas médicos para discutir pontos de vista técnicos, reavaliar laudos/exames/imagens, etc, tudo com intuito de prestar o melhor atendimento ao paciente.
No Brasil, a teleconsulta ainda está passando por uma série de avaliações e testes para entrar em vigor de forma plena. Mas a telemedicina já é uma realidade em diversos países de primeiro mundo e tem ampliado cada vez mais o desenvolvimento e alcance da medicina para a população.
Como está a regulamentação vigente da telemedicina?
Como a telemedicina ainda é relativamente nova no Brasil, o modelo de assistência médica está passando por fases de ajustes. Em fevereiro de 2019, o CFM (Conselho Federal de Medicina) havia criado uma regulamentação nova para a telemedicina, porém devido a discordância de grande parte da classe médica, o documento foi revogado logo em seguida.
Com o impasse, a Resolução CFM nº 1.643/2002 é a que segue ativa, exigindo estrutura especial e qualificação dos profissionais da saúde que vão trabalhar com telemedicina. Já o Ministério da Saúde estabeleceu a Portaria MS nº 2.546/11, que trata do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes.
E você, já pensou no que implica essa nova realidade? Já imaginou que os pacientes poderão realizar exames nos postos de saúde, com cobertura total do SUS, e receber os laudos com os resultados extremamente rápido ou até mesmo ao vivo, dependendo da situação?
Quais são as vantagens e desvantagens da telemedicina?
A telemedicina, assim como qualquer outro modelo de assistência médica, possui suas vantagens e desvantagens. Por enquanto, ainda não são autorizadas consultas diretas entre médico e paciente.
Certo é que, o médico que vai atender o paciente via telemedicina não pode ser o médico principal do atendimento de rotina. Em primeiro lugar, deve haver uma consulta presencial, sendo que a telemedicina irá complementar o restante do tratamento, com emissão de laudos, diagnósticos, escolha terapêutica, otimizando o tempo do paciente. E essa é uma das grandes vantagens da telemedicina: fazer uma ponte de atendimento entre pacientes e médicos distantes fisicamente, criando a oportunidade de se prestar um serviço médico para pessoas com menor acesso.
Porém, necessário se faz que ainda haja muito debate e adequações para implantação do modelo, devendo ser observados todos os princípios do Código de Ética Médica, e legislações correlatas, para que seja prestado um serviço médico qualificado e que respeite a relação médico-paciente.
A telemedicina, quando devidamente regulamentada, será uma ótima inovação para a medicina e para a população. Aguardemos seus desdobramentos. Acesse nosso site e fique por dentro de diversos outros assuntos do gênero.