Gerenciamento dos Riscos: o diferencial nos profissionais da saúde
Os progressos na área da saúde são associados aos avanços da tecnologia. No século XXI, mais do nunca, o conhecimento se torna um dos principais diferenciais de competitividade, especialmente naqueles em que a inovação tecnológica é constante e as necessidades de padronização, adaptação e controle se mostram mais rigorosos.
Manuel Castells, em sua famosa obra A era da informação, descreve essa nova realidade como sendo a sociedade informacional: “O termo informacional indica o atributo de uma forma específica de organização social em que a geração, o processamento e a transmissão da informação tornam-se as fontes fundamentais de produtividade e poder devido às novas condições tecnológicas surgidas nesse período histórico”.
No caso das unidades de saúde, o que significa estar alinhado ao paradigma de uma sociedade informacional não significa apenas dispor de equipamentos e softwares de última geração, profissionais de saúde atualizados ou contar com as últimas novidades no campo da farmacologia.
Assim como em outras áreas, o conhecimento profundo de ferramentas de gestão é fundamental, especialmente o domínio das Metodologias de Gerenciamento de Riscos, conforme você confere neste artigo.
A Metodologia de Gerenciamento dos Riscos nos dias de hoje
As grandes unidades de saúde, como hospitais, estão atentos a esta realidade há muitas décadas. Hoje, os níveis de qualidade do SBA (Sistema Brasileiro de Acreditação) se tornaram um dos principais critérios adotados por diversos stakeholders para avaliar uma instituição. Como se sabe, a adoção de Metodologia de Gerenciamento dos Riscos é o único caminho para que tais níveis possam ser alcançados por uma instituição. Isso demonstra como os conhecimentos destas ferramentas se tornaram indispensáveis. Essa realidade tem avançado significativamente a outras espécies de unidades de saúde, dentre elas os laboratórios de análises clínicas e anatomopatológicas .
Os laboratórios são um dos elos mais importantes na área da saúde. Com o aumento da participação do setor privado na área da saúde, tal segmento se destaca e há incremento constante da concorrência. Neste cenário, a adoção da Metodologia de Gerenciamento dos Riscos se torna um diferencial competitivo, especialmente porque os próprios profissionais da saúde, que atuam em outras espécies de unidades, estão cada vez mais familiarizados com tais ferramentas e, portanto, as utilizam como critério para mensurar a qualidade e confiabilidade dos laboratórios existentes.
Gerenciamento dos Riscos: principais desafios
Um dos principais desafios para implantação da Metodologia de Gerenciamento dos Riscos diz respeito ao elemento humano. Portanto, uma das primeiras perguntas que o gestor faz é: minha equipe está pronta para lidar com tais ferramentas? A pergunta a ser feita, no entanto, é outra: como despertar nos profissionais a vontade pela utilização das ferramentas da qualidade? Dito de outra maneira: se as formas de gestão mais modernas produzem resultados benéficos para todos, porque os próprios colaboradores não estariam dispostos a se engajar na melhora?
Desconhecimento
O primeiro desafio existente diz respeito ao desconhecimento. À medida que os profissionais não conhecem a Metodologia de Gerenciamento dos Riscos há uma tendência de refutá-la. Imagina-se, erroneamente, que tais ferramentas irão resultar em mais trabalho, mais custo e mais problemas. Pelo contrário. Quando corretamente implantadas, a Metodologia de Gerenciamento dos Riscos diminui o retrabalho, o desperdício de tempo, energia e recursos e, principalmente, cria barreiras para evitar que eventos problemáticos ocorram ou se repitam.
Colaboração
O primeiro passo, portanto, de um gestor, está no campo da informação. A implantação da Metodologia de Gerenciamento dos Riscos não ocorre de maneira impositiva. Pelo contrário, ela somente pode ter êxito quando há a participação e colaboração de todas as partes envolvidas. Por isso, é necessário que todos tenham uma visão a respeito do todo: clareza a respeito do método de funcionamento e dos resultados que poderão ser objetivos.
Nova cultura organizacional
A experiência demonstra que vencida a resistência inicial, os profissionais passam a aceitar as novas rotinas e vivenciar seus ganhos. Com isso, cada qual vai introjetando uma nova cultura organizacional. Posteriormente, não apenas a Metodologia de Gerenciamento dos Riscos goza de aceitação, como a situação inicialmente vivenciada se inverte: cria-se uma intolerância a procedimentos improvisados que violem os parâmetros de qualidade existente. Os próprios colaboradores deixam de ser simples agentes da mudança, para se tornarem o principal elo de manutenção das novas políticas.
Uma metodologia aberta a novas interpretações
Evidentemente, toda metodologia encontra-se aberta à revisão e ao aperfeiçoamento, mas as ferramentas da qualidade estabelecem inclusive quais são os procedimentos para incorporação de novas soluções e sua institucionalização.
Portanto, a falta de vontade em se utilizar de Metodologia de Gerenciamento dos Riscos pode existir, no máximo, em relação a alta direção, que ainda não foi capaz de vislumbrá-la como um diferencial competitivo. Considerando que sua implantação é um processo que envolve diversas etapas, a inércia somente mostra seu preço quando os concorrentes já estão desfrutando dos benefícios da Metodologia de Gerenciamento dos Riscos. A pergunta, portanto, é: quem não está motivado a fazer diferente?
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